quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Domir.

Quando deito, quando tudo a minha volta é escuro, o conforto, minha pele em contato com o edredom, com os travesseiros, com o jacaré de pelúcia, meu peso comprimindo o colchão e meus seios; Quando tenho consciência de muitas coisas, de toda a extensão do meu corpo, de alguma parte que dói, de um brinco que me fura, do ar-condicionado ressecando minha garganta ou da brisa do ventilador de teto me tocando, de que apenas eu e a gata estamos ligadas ao mundo pelo consciente, pois é tarde e os outros dormem; De ser tão humana.

Eu sinto um enorme prazer nisso tudo.

Mas isso quando estou só.

Porque nada, nada pode ser mais prazeroso do que dormir sentindo cheiro de pele, de cabelo, de enxergar no escuro, e, principalmente, de saber, de ter certezas.

É um desperdício dormir.


4 comentários:

Unknown disse...

café, café, café, tutz

Anônimo disse...

aaai, falou tudo aí. *-*

Edgar Salles disse...

JURO pra vc: detesto dormir agarrado com outra pessoa! Que nada...sou espaçoso, calorento, gosto de mudar de posição e de dormir sem tá preocupado com quem ta na minha cama...minha companhia é, no máximo, meu cachorror!

Elfa disse...

pobre Anaquim.