terça-feira, 25 de novembro de 2008

Angélica Del Rey

Era uma vez uma menina chamada Angélica Del Rey. Ela só tem 16 anos, mas tem muita história pra contar. E não é nada inventado. Tirando aquela história do caminhão que ela insiste em contar, e todo mundo tá cansado de saber que é mentira. Tirando essa, é tudo verdade. Ela resolveu aprender a tocar violão. Só que ela não tinha violão. Daí ela juntou dinheiro e comprou um Kashima. Ela ficou muito feliz e contou a André (aquele do posto de gasolina):
- Olha, Dé, meu violão novo!
- Um Kashima?
- É, ué.
- HAHAHA
- Quê que foi?
- Um kashima. Você nunca foi no fórum do cifraclub, no tópico sobre kashimas?
- Fórum do cifraclub?
- Olha só:

v6turbinado# Enviado: 3/dez/02 04:52
O que voces acham dos violões Kashima, os Folk?

CPM# Enviado: 8/dez/02 01:10
Kashima é uma bosta!!!!

Mas isso não abalou Angélica Del Rey. Ela não ligou para as críticas do fórum Cifraclub, e foi feliz com o seu Kashima pelo resto da vida.

Chuva

- Oi, como você está?
- Bem. Quer dizer, tirando a chuva. Não que eu desgoste, aprecio bastante, mas com moderação. Quando eu tenho que pegar ônibus não é legal. Se chover, não oniburija.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sunday, bloody sunday.


Sunday, bloody Sunday.

Sunday, bloody Sunday.

 

Cara, pra mim isso é sorvete pra vampiro.


Coisas de ETs

E.T.
E.T. significa extra-terrestre, ou seja, fora da Terra. Logo, tudo que não esteja dentro da Terra é E.T.
O Sol é um E.T.
A Lua é um E.T.
O vácuo é um E.T.
Deus é um E.T.
E Neil Armstrong é um mutante, nasceu humano, virou E.T. e depois humano de novo.

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Era uma vez há muito, muito tempo, um planeta distante da Terra onde viviam criaturas que os terráqueos chamariam de ETs. Os ETs gostavam muito de churrasco, e um dia a carne do planeta distante acabou. Então os ETs enviaram para o espaço naves com robôs-caçadores em busca de mais carne. Daí eles acharam a Terra, repleta de dinossaurões apetitosos. Então eles abduziram, salgaram, assaram e comeram todos.
E ainda tem gente que acredita nessa história de meteoro.

A velha embaixo da cama

A velha embaixo da cama,
a velha tinha um gato.
De noite ela se danava,
o gato miava e a velha dizia:
- Ó meu Deus, se acaba tudo! Tanto bem que eu te queria...
A velha embaixo da cama,
a velha tinha um cachorro.
De noite ela se danava,
o gato miava, o cachorro latia e a velha dizia:
- Ó meu Deus, se acaba tudo! Tanto bem que eu te queria...
A velha embaixo da cama,
a velha tinha uma lhama.
De noite ela se danava,
o gato miava, o cachorro latia, a lhama emitia sons de lhama e a velha dizia:
- Ó meu Deus, se acaba tudo! Tanto bem que eu te queria...
A velha embaixo da cama,
a velha tinha um casal de lésbicas ninfomaníacas.
De noite ela se danava,
o gato miava, o cachorro latia, a lhama emitia sons de lhama, as lésbicas gemiam e a velha dizia:
- Ó meu Deus, se acaba tudo! Tanto bem que eu te queria...
A velha embaixo da cama,
a velha tinha um mudo.
De noite ela se danava,
o gato miava, o cachorro latia, a lhama emitia sons de lhama, as lésbicas gemiam e o mudo ficava calado.

Mimimi

Eu conheci uma menina no ônibus, nossa, ela era muito chata. Fresquinha. Cheia de mimimis. Tinha nojo disso, nojo daquilo, alergia a isso, alergia aquilo. Não gostava de Sol, não gostava de chuva, não comia cachorro quente na rua, e me disse que desmaiava se ela visse sangue. Fiquei me perguntando se ela trocava seus absorventes de olhos fechados.

Camelos e dromedários

A diferença entre camelos e dromedários é que camelos possuem duas corcovas espaçadas, enquanto os dromedários, só têm uma corcova central. Já imaginou como seria legal encaixar um no outro?

Relatividade

Peão pode ser aquele brinquedo esquecido, aquele cara que toca a boiada, ou qualquer um que execute trabalhos pesados. Depende do uso que fizerem da palavra.
Manga tanto pode ser o nome de uma fruta ou a continuação de uma camisa. Depende do uso que fizerem da palavra.
As coisas são assim, mãe, não chore. Eu tanto posso ser homem, quanto posso ser mulher, depende do uso que fizerem de mim.

Vagalume taradão

Vagalumes são criaturas fantátiscas, eles piscam. A substância que controla suas luzes de é o óxido nítrico, que nos humanos auxilia o batimento cardíaco, a função cerebral, e aciona a ereção masculina.
Entre tais bioluminescentes insetos, havia um taradão. Esse vagalume era compusivo. Bastava ver uma luzinha piscando, que ele ia lá e “créu”. Ele ficaria fascinado no Natal, pena que não viveu até lá: confundiu uma baga acesa de cigarro com uma vagaluma, teve quimaduras de terceiro grau no pinto e morreu.

Trabalho de informática

Larica Silence diz:
Sim, vei, vamos fazer nosso trabalho de história do hardware e do software

Mamagaia_23 diz:
Eu já comecei a fazer

Larica Silence diz:
Então me diz aí o que você já fez

Mamagaia_23 diz:
Bem... Na história do Hardware e do Software não há respeito entre os personagens e ninguém é de ninguém. Existe uma suruba perpétua entre os fios de energia e cabos USB, o teclado adora ser molestado, o culler nunca sai de atividade, mexem até com a placa mãe! Isso tudo, claro, regado a muito Wi-fi, e Hi-fi, entre outras bebidas. É uma história absurda, companheiro, se eu fosse você não me metia com isso, e diria poucas e boas ao professor por tentar perverter seus alunos.

Larica Silence diz:
LOL

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A caverna

Era uma vez uma caverna. Nessa caverna viviam muitos bichinhos, mas nenhum urso. A grande maioria era cega e albina.

Era uma vez uma caverna. Nessa caverna vivia um morcego, cego e não-albino. O morcego era frugífero, quando ficava com fome, saía da caverna para comer, ao crepúsculo, e retornava ao alvorecer. De volta à caverna, o morcego dormia em posição não-convencional e excretava seu guano[1].

Era uma vez uma caverna. Nessa caverna não só vivia um como milhares de morcegos. Todos comiam frutas e excretavam guano.

Era uma vez uma caverna. Nessa caverna vivia uma centopéia, cega e albina. Ela se alimentava do guano dos morcegos. Suas amigas se alimentavam de guano dos morcegos. Seu ex-namorado se alimentava de guano dos morcegos. Sua família se alimentava de guano dos morcegos. Todo seu círculo social se alimentava de guano dos morcegos.

Era uma vez uma caverna. Nessa caverna viviam 9847239873928732 bactérias. Elas tinham DNA difuso, alguns ribossomos e flagelos[2]. Elas eram meras unicelulares, e procariontes, ainda por cima. Ninguém ligava para elas. Elas não eram cegas nem albinas, pois nem mesmo tinham olhos ou pele. E elas pouco se importavam com isso, viviam em seu universo à parte, não ligavam para fofocas.

 

Era uma vez uma caverna. Nessa caverna havia o clubinho dos decompositores. Era um clubinho fechado, seus integrantes eram conhecidos por serem nojentinhos. Nojentos no sentido físico da palavra, do tipo causadores de “argh”. Eles se reuniam toda quarta-feira para fumar cachimbo, beber Red Label e jogar poker ouvindo Jorge Vercilo. Porém a nova geração de decompositores achava isso sem graça, e preferiam se reunir as sextas, sábados e vésperas de feriados para fumar maconha, beber São Jorge e jogar dominó.

 

O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia

O mar também vire sertão” sobradinho, Sá  e Guarabira


Era uma vez uma caverna. Ela não ficava no sertão. Mas um dia, quando o Sertão virou mar, ela foi inundada. E esse foi o seu fim, pois suas paredes não sabiam nadar.

 



[1] Guano é o nome dado as fezes dos morcegos. Pode ser usado como um excelente fertilizantedevido aos seus altos níveis de nitrogênio. O solo que é deficiente em matéria orgânica pode tornar-se mais produtivo com a adição de fezes.

O guano é composto de amoníaco, ácido úrico, ácido fosfórico, ácido oxálico, ácido carbônico, sais e impurezas da terra.

 

[2] O flagelo bacteriano é um tubo oco, com 20 nanômetros de espessura, composto pela proteína flagelina, de forma helicoidal com uma dobra à saída da membrana celular chamada "gancho", que faz com que a hélice fique virada apara o exterior da célula.