sábado, 26 de setembro de 2009

Café?

- Aceita um café?
- Não.
- Um chá?
- Não.
- Biscoitos?
- Não.
- Uma dose de conhaque, talvez?
- Absolutamente! Quero dizer, não, muito obrigada, eu não bebo.
- Ah! Não bebe...

- Então você não quer mesmo nada.
- Não, me desculpe, eu não quero.
- Não, eu não perguntei.
- Ah.
- Mas então, temos que conversar, nos familiarizar um com o outro.
- Temos.
- Você não ajuda muito.
- É verdade... quero dizer, vou ajudar. Você gosta daqui?
- Não sei, acabei de chegar.
- Eu também. Mas por enquanto, gosta?
- Não sei se gosto... Você gosta?
- Eu?
- É.
- Gosto, gosto, quer dizer, acho que sim. Acho que vou querer alguma coisa agora, então.
- Eu ainda não sei onde estão as coisas, sabe?
- Podemos procurar...
- Podemos.
- Que bulezinho mais mimoso!
- HAHA!
- Que foi?
- o bule.Quero dizer, você, mimoso, sabe? Engraçado.
- Minha mãe que fala assim.
- Ela é legal?
- É. Quer dizer, não sei, mães são mães, sempre, não sei se é legal ou não.
- A minha é.
- ah, a minha também, acho.

- Eu realmente gostei desse bule!
- Nota-se! Ficou 5 minutos calado olhando pra ele.
- Desculpe, eu, erh, mm, me distraio um pouco.
- Notei.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sociedade dos olhos ocultos parte I

Viviam nus nesta sociedade onde podia-se mostrar o corpo mas devia-se ocultar os olhos. Usavam roupas contra o frio, mas quando o dia era quente, andavam despidos. Trabalhavam nus, casavam-se nus, iam nus ao supercmercado.

Porque o corpo é carne osso e sangue, e nesse quesito eram todos iguais.

Mas os olhos, ah! Os olhos são a alma, são o segredo mais profundo de um ser, e nenhum é igual ao outro. Então mostravam o corpo e escondiam os olhos.

Um olhar significava pacto eterno, jura perpétua, porque num olhar, um vê a alma do outro, e compartilha a sua, e as mistura, e almas não se separam facilmente, principalmente duas.

Então olhavam-se mãe e filho após a mágica da vida, mui amigos e amantes, e também inimigos mortais.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Robocop

Estava com sono, mas tinha a força de vontade da juventude. Estava ansioso. Finalmente iria assistir ao filme que todos falavam. Até os mamonas. Deveria ser tão bom quanto Tartarugas Ninjas. Ou um Power Rangers, só que sem monstros. Robocop deve ser o máximo! Pensou. Iria passar em tela quente.

Esperou a novela das sete acabar. Esperou o jornal Nacional acabar. A novela das oito. E então, finalmente começou o filme. Um robô fuzilou um cara, e as testemunhas não deram a mínima para o acontecido. O garoto ficou chocado. Acho que estou vendo o filme errado – pensou.

Assistiu um pouco mais, e então teve a certeza que estava vendo o filme errado. É, realmente estou vendo o filme errado. Desligou a TV e foi dormir. Teve pesadelos. Estava assustado. O filme havia roubado sua inocência e sua paz de espírito. Pensou no descaso como foi tratada a morte humana por um robô. Indignou-se. Que filme horrível! Mas ainda estava louco para assistir Robocop. Decidiu pedir à sua mãe para locar o filme no final de semana.

No dia seguinte foi à escola. Todos os coleguinhas comentavam animados. Descobriu que era mesmo o filme certo. Oh não! Quando lhe perguntaram, mentiu dizendo não ter assistido por causa do sono. Era difícil admitir que tinha achado Robocop chocante demais. Isso seria suicídio social.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

The little bug.

O exponencial artístico vespertino exacerbao de três adolescentes colegiais com Sol e dó e inglês debilitado em mãos e bocas.


G C G C G C
The little bug was walking into the forest (ih ih ih)
She was carring a potato, a beautiful potato (ih ih ih)
But from the north came a wind, a very very bad wind (ih ih ih)

G C G C G C E
The little bug felt down...and then she met the death!

G C G C
The little bug ficou com FIIIIIREEEEE.....E!

G C G C
AND THE DEVIL MAKE SEX WITH THE BUG
AND THE DEVIL MAKE SEX WITH THE BUG
And the little bug ficou EMBARASSADA!

AWUUIII!